quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Paradoxo Intrínseco

Vivo, caminho, quiçá um dia pra me ver brilhar
Vibro, choro, grito as energias que residem cá
Fecho, abro, duvido no que há para acreditar
Água, espuma, porque não misturar?
Cheiro, saboreio, o que possa me encantar
Tento, reinvento, até conseguir acertar


Sombra, rio, um bom lugar para se viver
Sereno, sombrio, bom caminho para se morrer
Vontade, caráter, boa maneira de vencer
Não colher, não ver, bom jeito de sofrer
Sorrindo, cantando, bom modo de amanhecer
Engolindo-se, oprimindo-se, bom meio de se esconder


Não precisar de dentes bonitos para sorrir
Não necessáriamente ser sensível pra sentir
Não faltar nunca a coragem para seguir
Não esmorecer o desejo de ir
Não errar em algo e querer fugir
Não despedir-se da vida e partir.

3 comentários:

silvia patriota disse...

Querida Lulu
Conhecerte-te poeta é com certeza mais uma das minhas grandes satisfações e realizações. Saber-te contemplativa e atuante da e na vida, é um paradoxo mais que satisfatório. Voce ainda vai nos presentear com muitas palavras e textos únicos e incomparáveis. Amo-te pelo conheço de ti e pelo que ainda irei conhecer. Beijos. Sílvia.

Anônimo disse...

Bom jogo de palávras que consegue transportar para o imaginário, me trouxe angústia, mas gostei.

Fernando Carara
Rio do Sul/SC

Anônimo disse...

"palavra", não tem acento como equivocadamente constei. A menos que fosse "pá lavra", que acaba tendo o mesmo sentido, posto que, a pá lavra o solo, assim como a "palavra" a comunicação.

Fernando Carara