sábado, 6 de setembro de 2008

Olhos estagnados num ponto infinito

Eu tenho algo gigante aqui dentro, que de tanto tentar definir, fugiu de palavras, de olhos tímidos e lágrimas a dois. Fugiu ao tempo, quebrou as barreiras do exprimir, e às vezes, se essas barreiras voltam a reconstruírem-se, eu volto a reprimir. Reprimir o que eu nem sei o quê, sorrir sabendo o porquê, cantando porque me faz bem, olhando o sabor e sentindo o caminho que se estende aqui. Tão perto, tudo tão curto. Tudo tão bom e duvidoso, tudo tão interrogativo, mas intenso, e isso é no que eu insisto e o motivo de tudo isto. Penso, repenso, não sai, não sai nada que te convença de que falo a verdade, nada que te convença de que sou quem mostro e digo ser. Mas algo que te deixe com as mesmas dúvidas com as quais te fez pensar algo sobre mim.

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